Relatório da IFC traz estudo de caso para Brasil, onde mulheres deverão investir
entre US$ 79 e 122 bilhões em seguros em 2030
Washington, D.C., 16 de setembro de 2015
— Até 2030, o setor de seguros deve ganhar até US$ 1,7 trilhão apenas com as mulheres — com apenas 10 economias emergentes respondendo por metade desse montante. Isso constitui uma oportunidade de negócio significativa para o crescimento sustentável e inclusivo, segundo um relatório lançado hoje pela IFC, membro do Grupo Banco Mundial.
Com o título em inglês
She for Shield: Insure Women to Protect Everyone and Drive Inclusive Growth
[Proteção para Mulheres: Seguro para as mulheres protege a todos e impulsiona o crescimento inclusivo], o relatório foi elaborado em conjunto pela IFC, AXA Group e Accenture. Trata-se do primeiro estudo desse tipo sobre o mercado de seguros para as mulheres nas economias emergentes do Brasil, China, Colômbia, Índia, Indonésia, Marrocos, México, Nigéria, Tailândia e Turquia. Constata-se que, em grande medida, o setor de seguros não percebeu que as mulheres eram um segmento de consumidores fundamental — apesar do considerável potencial de crescimento no mercado. Ao procurar efetivamente se aproximar das mulheres, o setor poderia aumentar bastante sua participação na economia e apoiar ainda mais o desenvolvimento socioeconômico nos mercados emergentes.
O relatório explora o impacto da fatia das mulheres no mercado de seguros do ponto de vista da oferta e da demanda, além de destacar a possível contribuição das mulheres como agentes, líderes de marketing e vendas, e profissionais que estenderiam a cobertura aos clientes nos mercados emergentes.
De acordo com o estudo, no
Brasil
, 43% das pequenas e médias empresas no Brasil são de propriedade de mulheres, mas mais de 70% delas não têm cobertura de seguros. Para 2030, estima-se que as mulheres investirão entre US$ 79 e 122 bilhões, cerca de 8 a 12 vezes o valor estimado do prêmio pago em 2013..
“Na IFC, acreditamos firmemente na alavancagem das oportunidades que as mulheres apresentam como uma força para impulsionar o desenvolvimento — como consumidores, funcionárias, líderes e empreendedoras”, disse Jin-Yong Cai, CEO da IFC. “Estamos confiantes de que as conclusões deste relatório podem ajudar a lançar as sementes de um próspero mercado de seguros, voltado para as mulheres — permitindo a elas proteger melhor a si mesmas e suas famílias, comunidades e sociedades.”
O relatório se baseia em uma série de entrevistas detalhadas com representantes e associações do setor, corretores, agentes, clientes e reguladores nos 10 mercados, estudos internos e modelos econométricos. Mostra como o aumento da renda das mulheres, a melhoria da sua situação socioeconômica e o crescimento da necessidade de proteção geram uma grande oportunidade para as seguradoras. Além disso, descreve como as preferências das mulheres diferem em termos de país, renda e acontecimentos ao longo do ciclo da vida, exigindo que as seguradoras ofereçam produtos e serviços sob medida.
Segundo as recomendações do relatório, a próxima etapa é a coleta de mais dados de melhor qualidade sobre o tema, inclusive sobre como personalizar os produtos e serviços, o marketing e a distribuição para melhor atingir o mercado feminino; alavancar o poder da tecnologia móvel e estabelecer parcerias inovadoras para orientar ainda mais os consumidores sobre as opções de seguros.
“A crescente proporção de mulheres com ensino superior, de mulheres que trabalham, que são donas ou administradoras de um negócio, que ganham cada vez mais está ocasionando uma mudança e expansão do panorama das necessidades de proteção”, destacou Denis Duverne, Vice-Presidente Executivo do AXA Group. “Estamos convencidos de que as constatações do relatório constituirão um alicerce para iniciativas mais concretas a fim de dar mais atenção às necessidades em constante evolução das mulheres, atendendo metade da humanidade para melhor proteger o todo.”
“Ao ampliar o papel das mulheres na força de vendas, oferecendo-lhes a devida capacitação e uma estrutura que lhes permita vender bem, as seguradoras podem fomentar o crescimento econômico, ajudar a melhorar a vida de mulheres em todo o mundo e, ao mesmo tempo, abrir novos caminhos para o crescimento gerador de lucros”, disse Thomas Meyer, diretor administrativo da área de seguros da Accenture.
Para acessar o estudo completo, clique
aqui
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Sobre a IFC
A IFC, parte do Grupo Banco Mundial, é a maior instituição de desenvolvimento do mundo voltada para o setor privado nos mercados emergentes. Trabalhando com mais de 2.000 empresas em todo o mundo, usamos nosso capital, conhecimentos técnicos e influência para gerar oportunidades onde for mais necessário. No exercício fiscal de 2015, nossos investimentos de longo prazo nos países em desenvolvimento subiram para quase US$ 18 bilhões, ajudando o setor privado a desempenhar um papel essencial no esforço mundial para colocar fim à miséria e aumentar a prosperidade compartilhada. Para mais informações, visite
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