Washington D.C., 27 de junho de 2006
– O International Finance Corporation (IFC), braço do setor privado do Grupo Banco Mundial anunciou hoje um financiamento de US$12 milhões para o Fundo de Educação para o Brasil – Fundo de Investimento em Participações (FEBR). O empréstimo do IFC será usado para financiar a expansão de uma instituição de educação pós-secundária, a Anhanguera Educacional (AES), que oferece educação de boa qualidade para alunos de baixa renda.
A Anhanguera Educacional é uma instituição com fins lucrativos em rápida expansão no Brasil, que tem por foco os alunos de baixa renda de cidades menores dentro do estado de São Paulo. Atualmente, a AES dirige dez campus em oito cidades, oferecendo cursos de graduação e pós-graduação para mais de 20.000 alunos.
O FEBR é o primeiro fundo de investimento deste tipo no Brasil, com foco apenas em educação. O fundo, que está listado na Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA, foi estruturado e é administrado por Pátria Banco de Negócios Ltda e suas empresas afiliadas. O Pátria é uma das mais bem sucedidas instituições brasileiras atuando na área de banco de investimentos e fundo de investimentos em ações, com mais de 20 anos de experiência no mercado local.
Atul Mehta, Diretor do IFC para a América Latina e Caribe disse que: “Para a grande população jovem do Brasil, oferecer educação de qualidade para alunos de baixa renda é essencial para assegurar um crescimento sustentável e reduzir desigualdades. O IFC orgulha-se de ser parceiro da AES uma vez que esta continua expandindo para trazer educação acessível para as futuras gerações”.
“A AES combina a visão e as características associadas ao sucesso que o IFC descobriu através de seus anos de investimentos no setor privado de educação pós-secundária ao redor do mundo”, mencionou Guy Ellena, Diretor do IFC para Saúde e Educação. “Através de nosso investimento no FEBR, visamos estabelecer uma parceira duradoura com o Pátria e a AES, que terá impacto significativo no mercado educacional brasileiro. Acreditamos que a experiência global do IFC no setor será valiosa para a AES e seus patrocinadores”.
“A educação é uma das mais importantes exigências para assegurar o crescimento sustentável e a redução da pobreza nas futuras gerações”, acrescenta Alexandre Saigh, Sócio-Gerente da FEBR. A AES tem desempenhado um papel-chave ao proporcionar educação de alta qualidade no estado de São Paulo e a FEBR sente-se satisfeita por ter a oportunidade de auxiliá-la em seu futuro desenvolvimento.
Desde o início, a AES e suas empresas antecessoras têm mantido-se fiéis à visão de seus fundadores no sentido de oferecer educação de boa qualidade e ao alcance dos alunos de baixa renda, que vivem fora dos grandes centros urbanos do Brasil. Desde 1994, quando os professores José Luis Poli e Antonio Carbonari Netto fundaram seu primeiro campus independente na cidade de Leme, no estado de São Paulo, a AES abriu dez campus atendendo mais de 20.000 alunos.
Em 2005, a FEBR adquiriu o controle acionário da AES, tendo como Diretor-Presidente da AES o Professor Carbonari e como Diretor Acadêmico o Professor Poli. O modelo de negócio da AES, baseado em um currículo estruturado, uma rede descentralizada de campus e serviços padronizados, permite que a empresa ofereça um currículo consistente e de baixo custo aos seus alunos.
O Pátria tem sido instrumental na recente expansão da AES e no desenvolvimento da estratégia de crescimento futuro da empresa. Também trouxe experiência de gerenciamento e disciplina financeira para as operações do dia-a-dia. Seguindo as grandes reformas regulamentares de meados dos anos 90, que incentivaram o setor privado para investir no ensino superior, o Pátria está confiante que a FEBR-- por meio de seu investimento na AES – poderá se beneficiar de oportunidades significativas no mercado brasileiro de educação.
Sobre o IFC
O IFC no Brasil
Durante o exercício fiscal de 2005, o Brasil foi o país que recebeu o maior financiamento do IFC, em dólares, entre os países latino-americanos. O IFC investiu $591 milhões, incluindo $190 milhões em sindicalizações, em diversos setores que vão do agro-negócio e transportes até os setores manufatureiro e financeiro. A carteira de clientes total do IFC era de $913 milhões em junho de 2005.
A estratégia do IFC para o Brasil concentra-se em aumentar as perspectivas de competitividade e crescimento dos clientes, melhorando a igualdade social do país através de ações voluntárias por parte do setor privado e continuando a promover a sustentabilidade. Desde 1956, quando o Brasil se uniu ao IFC, a corporação financiou $7,45 bilhões para 162 empresas, incluindo empréstimos sindicalizados.
A missão do IFC é promover investimentos sustentáveis do setor privado nos países em desenvolvimento e em transição, auxiliando na redução da pobreza e melhorando a vida das pessoas. O IFC financia investimentos do setor privado nos países em desenvolvimento, mobiliza capital nos mercados financeiros internacionais, ajuda os clientes a melhorar a sustentabilidade sócio-ambiental e oferece assistência técnica e aconselhamento a governos e negócios. Desde a sua criação em 1956 até o exercício fiscal de 2005, o IFC comprometeu mais de $49 bilhões de seus próprios fundos e conseguiu $24 bilhões em empréstimos sindicalizados para 3.319 empresas em 140 países em desenvolvimento. A carteira de comprometimento mundial do IFC no exercício fiscal de 2005 foi de $19,3 bilhões por sua própria conta e $5,3 bilhões mantidos para participantes em empréstimos sindicalizados. Para mais informações, visite o site
www.ifc.org
.