São Paulo, Brasil, 5 de outubro, 2010
— IFC, membro do Grupo Banco Mundial, realizou um estudo onde se apresenta maneiras para incrementar as atividades de energia renovável e eficiência energética no Brasil, produzindo potencialmente cerca de US$770 milhões em economia anual de custos.
O novo estudo de mercado revela que há um elevado potencial para melhorar o uso da energia, em especial em edifícios comerciais e públicos, responsáveis pela utilização de mais de 80% da eletricidade total do Brasil, na maior parte para o condicionamento de ar, refrigeração, iluminação e motores. O potencial de economia de energia é de aproximadamente 5.500 GWh/ano, resultando numa economia potencial perto de US$450 milhões por ano. A efetiva materialização dessas economias demandaria financiamentos da ordem de US$800 milhões.
O estudo também identificou oportunidades significativas no setor industrial e, em particular, nos sub-setores de alimento e bebida, celulose e papel, químico, cerâmica, onde medidas de eficiência energética poderiam gerar economias de energia de aproximadamente 6.000 GWh/ano ou US$320 milhões.
“O Brasil é o segundo maior emissor de gases de efeito estufa na região. Nós estamos identificando maneiras de reduzir essas emissões com o uso eficaz de energia, fomento a fontes de energia renovável e iniciativas mais limpas da produção,” destaca Daniel Shepherd, Oficial Sênior de Operações da IFC. “Entretanto, a disponibilidade de financiamento comercial é limitada; os bancos tradicionais locais ainda não reconheceram os investimentos em energia sustentável como uma oportunidade de negócio relevante. Aqui há claramente um papel importante a ser desempenhado pela IFC.”
O estudo de mercado conduzido pela Econoler - uma empresa de consultoria internacional especializada na área de eficiência energética - igualmente reconheceu que o Brasil é um líder regional em combustíveis biológicos, na produção hidrelétrica, na cogeração na cana de açúcar e nos projetos de energia eólica. No entanto, na área de geração de energia pode ainda haver oportunidades em bioenergia a partir de aterros sanitários e outras fontes alternativas. Isso é particularmente pertinente na região amazônica, onde numerosas madeireiras geram resíduos que poderiam ser utilizados na produção de eletricidade.
Os resultados do estudo foram apresentados hoje em um workshop com representantes de algumas das principais instituições financeiras do Brasil interessadas na expansão do financiamento à energia sustentável.
A IFC desenvolveu com sucesso projetos de energias sustentáveis em parceria com instituições financeiras em mercados emergentes ao longo da última década. A estratégia geral da IFC para redução na emissão de gases de efeito estufa foca na construção de capacidade de intermediários financeiros para ofertar produtos para projetos de energia renovável e eficiência energética.
Sobre A IFC
A IFC, membro do Grupo Banco Mundial, é a maior instituição global de desenvolvimento focada no setor privado em economias emergentes. A IFC cria oportunidades para que as pessoas possam sair da pobreza e melhorar sua vida. Fazemos isso por meio do seguinte: provisão de financiamento para ajudar as empresas a gerar mais empregos e oferecer serviços básicos; mobilização de capital; e prestação de serviços de consultoria para assegurar um desenvolvimento sustentável. Em tempos de incerteza econômica, nossos novos investimentos atingiram um recorde de 18 bilhões de dólares no exercício financeiro de 2010. Para obter informações mais detalhadas, favor consultar o site
www.ifc.org
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