Esse será o Maior Projeto de Termoelétrica usando Gás Natural em toda a América Latina
São Paulo, 19 de abril de 2018
- A IFC, membro do Grupo Banco Mundial, está concedendo um financiamento de US$ 200 milhões, pelo prazo de 15 anos, para a CELSE - Centrais Elétricas de Sergipe para o desenvolvimento, construção e operação da usina termoelétrica Porto de Sergipe. O financiamento da IFC ajudará na diversificação da matriz energética brasileira e no aumento do acesso à energia elétrica confiável e acessível, um componente essencial para a competitividade e o crescimento econômico sustentável a longo prazo do país.
O projeto Porto de Sergipe consiste em um terminal de gás natural liquefeito (GNL) com uma unidade flutuante de armazenamento e regaseificação (FSRU) de 170.000 cm, um gasoduto de 6,5 quilômetros, uma central a gás de ciclo combinado (CCGT) de 1.516 megawatts e uma linha de transmissão elétrica de 33 quilômetros. A geração anual de eletricidade do projeto é equivalente ao alcance de um milhão de residências individuais. Os patrocinadores desse projeto são a Golar Power, um grupo internacional de GNL integrado, e a Ebrasil, uma operadora brasileira de termoelétricas.
O projeto, que venceu um leilão de energia realizado em 2015, será a maior e mais eficiente usina CCGT na América Latina assim que se tornar operacional em 2020. Por meio desse investimento, a IFC está ajudando a promover a diversificação da geração elétrica, melhorando a resiliência do sistema e contribuindo para a diminuição dos preços de eletricidade com uma menor emissão de carbono em comparação com as alternativas atuais. O projeto Porto de Sergipe atinge esse objetivo de forma direta, por meio do aumento da capacidade das usinas termoelétricas a gás natural no Brasil, mas também de forma indireta, ao facilitar o aumento da penetração de energias renováveis intermitentes.
Ao proporcionar uma geração flexível de gás, Porto de Sergipe ajudará a substituir o uso de óleo combustível e diesel nas termoelétricas. As emissões de carbono da CELSE serão aproximadamente 56% e 65% menores em comparação com as usinas de capacidade similar que utilizam diesel e carvão, respectivamente. Considerando a geração de eletricidade média prevista, espera-se que o projeto ajude a reduzir em torno de 2,5 milhões de toneladas as emissões de CO² por ano.
O custo total do projeto, estimado em aproximadamente seis bilhões de reais, conta com uma estrutura financeira inovadora, que inclui uma emissão de debêntures de infraestrutura em reais seguradas por uma agência de crédito à exportação, juntamente com o financiamento de organismos financeiros multilaterais. O financiamento da IFC consiste em um empréstimo em longo prazo em reais, no valor equivalente a US$ 200 milhões. O projeto Porto de Sergipe é a primeira contratação completamente privada no Brasil em um espaço que antes era dominado apenas por empresas estatais.
“Estamos muito felizes em trabalhar com a IFC nesse projeto revolucionário para implementar a maior e mais eficiente usina termoelétrica de GNL na América Latina”, disse
Eduardo Maranhão, Presidente da CELSE
. “Essa usina representa a tecnologia e a escala ideais, que combinam alta confiabilidade, baixo custo e eficiência de carbono, contribuindo para complementar os recursos hidrelétricos do Brasil”.
“A IFC tem grande satisfação em ser parceira da CELSE, da Golar Power e da Ebrasil nesse projeto que é uma referência no setor e que apoia a diversificação e o fortalecimento da matriz energética do Brasil, reduzindo as emissões de carbono”, afirmou
Gabriel Goldschmidt, Executivo da IFC Responsável por Infraestrutura na América Latina e Caribe
. “A IFC identificou que a transformação de GNL em eletricidade é uma meta estratégica global para ajudar os países a reduzir o uso de carbono das redes elétricas, favorecer a maior penetração de energias renováveis e diversificar sua geração de energia elétrica. A América Latina está à frente na implantação dessa estratégia global e a IFC está bem posicionada para continuar apoiando esse tipo de projeto”.
A IFC investe no setor privado no Brasil desde 1957 com o objetivo de contribuir para o endereçamento dos principais desafios de desenvolvimento do país, incluindo os de urbanização, inclusão social, competitividade e produtividade e gerenciamento de recursos naturais. Desde 2013, a IFC já investiu US$2,3 bilhões no setor elétrico da América Latina e Caribe, incluindo recursos mobilizados de outras instituições financeiras.
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