Em reunião em Buenos Aires, surge consenso entre investidores e companhias de que melhores práticas de governaça podem agregar valor às companhias.
Buenos Aires, 22 de Junho de 2006 –
Investidores internacionais e regionais reunidos hoje em Buenos Aires para o sétimo encontro anual da Mesa Redonda de Governança Corporativa da América Latina, reconheceram os avanços das empresas latino americanas em governança corporativa e apresentaram as conclusões da discussão entre investidores e representantes do Círculo de Companhias.
“O encontro do Círculo de Companhias gerou grande entusiasmo,” disse John Willcox, Vice Presidente Senior da TIAA-CREF. “A boa governança corporativa protegeu o Brasil e a América Latina de serem ignorados pelas flutuações constantes do mercado financiero internacional recentemente.” O Brasil lidera o grupo do Círculo de Companhias com a representação de oito companhias, e com o sucesso do Novo Mercado da Bovespa.
Técnicos, investidores e empresários de vários países da região e da OCDE, como Bélgica, Brasil, Canada, Chile, Colômbia, Costa Rica, Ecuador, México, Panamá, Peru, Espanha, Reino Unido, Estados Unidos e Venezuela participaram do encontro. Esta foi a segunda vez que a Mesa Redonda se reuniu na Argentina, mas, no entanto, a participação de empresas argentinas foi limitada.
No encontro da Mesa Redonda, os palestrantes enfatizaram que as companhias devem entender que existem diferentes tipos de investidores com diferentes níveis de compromisso. Por seu lado, as companhias presentes na reunião pediram aos investidores maior clareza sobre os critérios necessários para aumentar seus investimentos. Outro ponto importante que surgiu na reunião foi a questão da necessidade de desenvolver técnicas criativas para identificar as empresas que têm boas práticas de governança corporativa.
Roque Benavides, presidente da empresa peruana Buenaventura, disse que as companhias líderes estão percebendo a importância das boas práticas de governança corporativa, bem como a responsabilidade que tem de comunicar estes avanços para investidores e acionários. “No Peru, através dos fundos de pensão, 3 milhões de peruanos são acionários da nossa empresa e não sabem.”
Benavides acrescentou que os investidores institucionais, como a Corporação Financeira Internacional, também tem un papel importante, já que foi através de empréstimos consecutivos da Corporação ao largo de 20 anos que a Buenaventura começou a fazer as mudanças necessárias para aumentar a transparência em suas operações.
A Mesa Redonda foi organizada pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), e pela Corporação Financeira Internacional (IFC).