Washington, D.C., 29 de Novembro de 2018
— As cidades em países emergentes têm potencial para, sozinhas, atrair mais de US$ 29,4 trilhões em investimentos relacionados ao clima até 2030, em seis setores-chave, segundo um novo relatório da IFC, membro do Grupo Banco Mundial.
O relatório analisa as metas e os planos de ação relacionados ao clima nas seis regiões do mundo, identificando oportunidades em setores prioritários, tais como: edifícios verdes, transportes públicos, veículos elétricos, resíduos, água e energia renovável. Também destaca abordagens inovadoras que as cidades já estão adotando —como
green bonds
e parcerias público-privadas — para atrair capital privado e criar resiliência urbana.
Com mais da metade da população mundial vivendo atualmente em zonas urbanas, as cidades consomem dois terços da energia mundial e são responsáveis por mais de 70% das emissões globais de dióxido de carbono (CO2). A forma como as cidades respondem às alterações climáticas terá uma importância crítica para os esforços destinados a limitar o aquecimento global a 1,5 graus centígrados, segundo o
Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (I
PCC).
“Há uma grande urgência para se responder às alterações climáticas – temos de tomar medidas significativas agora”, disse o
CEO da IFC, Philippe Le Houérou
. “As cidades são a próxima fronteira dos investimentos relacionados ao clima, com trilhões de dólares em oportunidades a serem exploradas. Para tornar realidade a promessa de cidades inteligentes em termos ecológicos, o setor público tem de implementar reformas que visem atrair mais investimentos do setor privado”.
O relatório da IFC inclui avaliações detalhadas de oportunidades de investimento relacionadas ao clima em seis cidades representativas, abrangendo uma variedade de áreas geográficas, dimensões e preocupações climáticas:
Jacarta
— a capital da Indonésia representa cerca de US$ 30 bilhões em oportunidades de investimento, principalmente em edifícios verdes, veículos elétricos e energia renovável.
Nairobi —
a capital do Quênia representa uma oportunidade de investimento na ordem dos US$ 8,5 bilhões, principalmente em veículos elétricos, transportes públicos e edifícios verdes.
Cidade do México
— a capital do México oferece uma oportunidade de investimento de US$ 37,5 bilhões, particularmente em edifícios verdes, veículos elétricos e água urbana.
Amã
— a capital da Jordânia representa uma oportunidade de investimento de US$ 12 bilhões, principalmente em transportes públicos, edifícios verdes e veículos elétricos.
Rajkot
— a 22ª cidade com o maior crescimento do mundo representa uma oportunidade de investimento de US$ 4 bilhões, principalmente em veículos elétricos, transportes públicos e edifícios verdes.
Belgrado
— a capital da Sérvia representa uma oportunidade de US$ 5,5 bilhões, em particular em edifícios verdes, transportes públicos e água urbana.
Globalmente, edifícios verdes serão responsáveis por US$ 24,7 trilhões em oportunidades de investimento relacionado ao clima nas cidades. Há um potencial significativo de investimento em transportes com baixas emissões de carbono, tais como transportes públicos energeticamente eficientes (US$ 1 trilhão) e veículos elétricos (US$ 1,6 trilhão). Paralelamente, energia limpa (US$ 842 bilhões), água (US$ 1 trilhão) e resíduos (US$ 200 bilhões) permanecem como componentes essenciais do desenvolvimento urbano sustentável.
“Com o aumento dramático dos centros populacionais na Ásia, há uma oportunidade ainda maior para a transição para o baixo carbono em cidades, que já correspondem à maior parte do PIB nessa região”, disse o
Diretor da IFC para Ásia Oriental e Pacífico, Vivek Pathak
. “Em Jacarta, há cerca de US$ 30 bilhões em oportunidades de investimento, especialmente em edifícios verdes, veículos elétricos e energia renovável. O relatório mostra que megacidades na Ásia também têm um potencial significativo em investimentos que reduzam emissões.
Azam Khan, Country Manager da IFC para Indonésia, Malásia e Timor Leste
, comentou que “a IFC oferece investimento, consultoria e serviços de gestão de recursos de terceiros para encorajar o envolvimento do setor privado, que é de suma importância para o aproveitamento das oportunidades de investimento em Jacarta e nas outras principais cidades da Indonésia”.
Oswar Munkgasa, Governador Adjunto de Jacarta para Planejamento Espacial e Ambiental
, disse que “uma das nossas principais ambições é tornar a cidade de Jacarta mais limpa, e podemos tratar disso de várias formas diferentes. Uma delas são os edifícios verdes. Uma regulamentação obrigatória para códigos de edifícios verdes foi aprovada há alguns anos, e ajudará a reduzir sustentavelmente o consumo de energia e água. Por conta dessa regulamentação, o potencial de economia de custos é estimado em US$ 90 milhões anualmente. Nós queremos que Jacarta seja conhecida como a cidade da excelência em construções verdes; para que isso acontece, terá que haver o envolvimento tanto os setores público como privado, como das comunidades locais e dos cidadãos.”
Enfrentar as alterações climáticas é uma prioridade estratégica para a IFC. Desde 2005, a IFC investiu US$22,2 bilhões em financiamento a longo prazo da sua própria conta e mobilizou outros US$ 15,7 bilhões através de parcerias com investidores para projetos relacionados ao clima. O último relatório é parte da
série de relatórios
intitulada
Oportunidades de Investimento no Clima,
iniciada pela IFC em 2016.
A região da Ásia-Pacífico, com seus plano, políticas e projetos, tem o maior potencial para investimentos amigáveis ao clima em comparação com qualquer região no mundo, e também a maior oportunidade em edifícios verdes, estimada em US$ 17,8 trilhões até 2030.
Sobre a IFC
A IFC— a organização irmã do Banco Mundial e membro do Grupo Banco Mundial — é a maior instituição de desenvolvimento global voltada para o setor privado nos mercados emergentes. Trabalhamos com mais de 2 000 empresas no mundo inteiro, utilizando o nosso capital, conhecimentos técnicos e influência para criar mercados e oportunidades nas áreas mais difíceis do mundo. No ano financeiro de 2018 atribuímos mais de USD 23 000 milhões em financiamento de longo prazo aos países em desenvolvimento, alavancando o poder do setor privado para erradicar a pobreza extrema e impulsionar a prosperidade partilhada. Para mais informações, é favor consultar o sítio
www.ifc.org
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